Somos treinados a sentir medo. Quem não mentiu para a mãe quando criança naquela pergunta fatídica: “Quem derramou o leite?” E a resposta vinha sem titubear: “A culpa não é minha.” As crianças são ensinadas a mentir porque pensam que serão tratadas com mais brandura se os pais estiverem inseguros quanto a culpa. Os coordenadores escolares reagem da mesma maneira, não querendo punir uma criança que se nega a confessar, pois os pais de uma criança castigada podem ficar ao lado do filho e criar problemas para a escola. O mau comportamento não será punido mas a confissão será. Entre os adolescentes o herói é aquele que consegue manter uma mentira e se sair ileso.
O abuso sexual sofrido em qualquer idade será um segredo de família, assim como identidade sexual será clandestina dentro de sete chaves, sabe lá onde. Quantas mulheres viraram prostitutas por se sentirem riscadas da sociedade.
Um adulto, treinado a não mentir, num acidente de transito, prefere dizer “A culpa não foi minha” a assumir seu erro e ter que gastar com o outro.
A infidelidade no casamento é seguida de uma mentira atrás da outra, porque a verdade não levaria a uma tentativa de reatar, mas provavelmente a separação cheia de ódio e destruição.
Nossos políticos estão sendo obrigados a confessar as mentiras deslavadas e mesmo assim quanta relutância para fugir à justiça e continuar roubando e ludibriando o povo.
Vamos imaginar se tudo que lemos na bíblia fosse mentira, se Jesus tivesse sido um impostor, como nos guiaríamos durante esses 2017 anos? Ora temos aprendido que mentir é pecado e na sociedade aprendemos a mentir com medo da perda de relacionamentos. Então como resolver?
Devemos antes de agir, termos em mente, nunca fazer o que iremos nos arrepender. Antes do erro maior tentar resolver o problema que nos aflige. O casamento pode ser salvo através uma terapia de casal, os sentimentos que permeiam o abuso sexual e a violência no lar podem ser entendidos através de tratamento emocional e espiritual.
A auto estima deve ser trabalhada incansavelmente para que possamos nos assumir e sermos autênticos nas nossas verdades. Os pais devem se orientar sempre que um problema persistir. A onipotência de achamos que podemos resolver sozinhos problemas grandes não se sustenta. Hoje, trabalhamos na interdisciplinaridade em todos os setores da sociedade e os resultados cada vez maiores, pois a ajuda deve ser sempre bem-vinda