Tenho Atendido, no consultório, muitas famílias, Algumas são de casamentos conservadores e muitas de segunda núpcias, mas todas tem a fala muito parecida: “Queremos ter uma família feliz”. E agora, o que fazer?
Porque é tão difícil viver em paz nas relações familiares?
Um dos problemas mais comuns é a comunicação entre as pessoas. Parece que um fala “alho” e o outro entende “bugalho”. Então, o primeiro passo é aprender a ouvir até o fim aquilo que o outro quer comunicar. Se você fala ao mesmo tempo que o outro, primeiro que você não vai entender nada e estará inferindo no pensamento do comunicador. E aí começam os desentendimentos. Que tal refletir um pouco antes de responder?
Um outro problema muito comum é quando as pessoas buscam adeptos para se defender e ficar cheio da razão. Todos querem ter razão, mas na verdade, na imaginação todos temos razão. Tudo isso pode gerar um sentimento de injustiça e mágoas um no outro. Aí o caminho do perdão se torna difícil e trabalhoso.
Vamos a mais um dos problemas muito comuns na família: A diferença de geração entre pais e filhos e avós (quando moram juntos). Nos dia de hoje, os valores e costumes mudam muito rapidamente e todos podem ter dificuldade em se adaptar e aceitar as diferenças. O diálogo pode ajudar muito, principalmente quando um ensina ao outro as novidades do mundo moderno e os mais velhos ensinam valores da nossa história.
As famílias de segunda núpcias podem encontrar outros problemas como por exemplo, a relação dos meios irmãos e de padrastos e madrastas. Cada um traz consigo aprendizados diferentes do seio da família de origem e isso pode gerar conflitos difíceis de resolver. Nessa hora é preciso que os adultos busquem muita maturidade e compreensão para estarem unidos a uma mesma solução. Se houver competição para ver quem está mais certo ou errado, dificilmente chegarão a uma conclusão mais feliz para todos. E é o casal que deve começar a se entender para não dificultar ainda mais os problemas instalados.
Casal feliz tem muito mais chance de construir a felicidade familiar. É preciso ter em mente três importantes momentos: Cada um tem sua individualidade e precisa do seu espaço, por exemplo, trabalhar, estudar, ter atividades que gosta. Todos precisam de vida social em família e os adultos devem colocar as regras para que isso aconteça, por exemplo, momentos em que permaneçam juntos para comer, conversar, brincar e rezar. E o outro momento é o da intimidade entre o casal que deve ter suas conversas e carícias que alimentam o amor.
Muitas são as receitas para a família ser mais saudável e feliz. Se cada um de nós contribuir para a felicidade de todos os membros da família, com certeza todos podem se sentir mais pertencentes e amados pelo núcleo familiar.
Se sua família está encontrando muitos problemas, que tal procurar uma ajuda? Há profissionais preparados para lhe orientar como nós psicólogos, médicos, coordenadores e supervisores escolares e os padres (que estão sempre a nossa disposição).
Mariangela Mantovani, psicóloga de casais e famílias, autora dos livros “Filhos Felizes” e “Quando é necessário dizer não” Editora Paulinas, coordenadora do atendimento de psicologia do Santuário São judas Tadeu. Palestrante para pais nas escolas e nos cursos de catequese e de noivos da nossa paróquia.