Este é um problema cada vez mais dramático do ponto de vista social e familiar, ou seja, a crescente fragilidade do casamento parece estar em profunda crise. O próprio desenvolvimento do casal vem cada vez mais ameaçado devido a muitos divórcios nos sólidos  laços de famílias de origem, que no passado representavam uma base segura à qual podia-se recorrer em situações de dificuldade.

                          O mais desconcertante é constatarmos que já não existe um período crítico do casamento para haver uma separação: assistimos a rompimentos de casal depois de um brevíssimo período de convivência, rompimentos depois da chegada de um primeiro ou segundo filho, separações dolorosas após vinte ou trinta anos de vida em comum e, ainda em idade avançada. Lembro-me de um casal com ambos os cônjuges com setenta e cinco anos de idade, trazidos por três filhos exaustos com as brigas dos pais querendo separar-se para reconstruírem suas vidas.

                         Não há dúvida de que construir uma família na época em que vivemos não é fácil, pois temos que enfrentar o mito de que a liberdade individual, a auto- realização é a meta principal a ser alcançada a qualquer custo. É a carreira e os bens materiais falando mais alto em nossas vidas.

                        Nós terapeutas de casais e famílias nos deparamos cada vez mais com a fragilidades das relações humanas e sabemos que temos um compromisso enorme com a sociedade no sentido de trazermos ajuda para que as famíçias se harmonizem e saibam dar valor mais ao que é humano do que ao consumismo desenfreado de coisas que nem se sabe direito o valor.